NASA divulga imagem que parece mostrar o centro da Via Láctea em chamas
A imagem que você acabou de ver acima – e que poderá observar em
maiores detalhes a seguir – foi divulgada pela NASA e mostra o centro da
nossa galáxia de uma forma um pouco diferente à que estamos acostumados
a ver. Criada a partir de observações realizadas pelo dispositivo SOFIA
(sigla de Stratospheric Observatory for Infrared Astronomy ou
Observatório Estratosférico para Astronomia em Infravermelho em tradução
livre), em vez de mostrar as cores e brilhos usuais, a foto mais parece
mostrar o centro da Via Láctea em chamas.
Panorâmica galáctica
Na realidade, a imagem que abre esta matéria é apenas um “recorte” da
mais nova panorâmica da Via Láctea divulgada pela NASA – que reúne
observações conduzidas pelo SOFIA sobrepostas a outras feitas
anteriormente pelo Observatório Espacial Herschel e pelo Telescópio
Espacial Spitzer, que deve ser “aposentado” agora ao final do mês. Veja a
imagem completa abaixo:
Mas o que, afinal, vemos na panorâmica? Segundo o pessoal da NASA, o
SOFIA coletou informações em comprimentos de onda de 25 e 37 mícrons –
colorizados em verde e azul – que foram somadas às observações
anteriores que mencionamos. O resultado mostra nuvens de poeira cósmica
aquecidas pelo calor de estrelas gigantes que se encontram no centro da
galáxia, algumas delas muito mais massivas do que o Sol, e traz um nível
de detalhe jamais obtido antes por meio de levantamentos em
infravermelho que permitirão a realização de inúmeros estudos.
Visão além do alcance
O SOFIA, caso você nunca tenha ouvido falar nele, consiste em um
observatório que viaja a bordo de uma aeronave a cerca de 12 mil metros
da superfície – onde a atmosfera é muito menos densa e,
consequentemente, a sua interferência é bem menor. O equipamento
consegue capturar imagens de curta exposição, o que permite que seus
dispositivos “vejam” além das regiões mais frias dos aglomerados de
poeira cósmica e explorem as áreas mais quentes e brilhantes sem que o
resultado fique supersaturado por conta da luz.
Essa caraterística faz do SOFIA uma ferramenta valiosa na obtenção de
informações sobre os locais onde a luminosidade é mais intensa e
costuma “ofuscar” outros equipamentos, como telescópios e outros
observatórios. Tanto que o equipamento vem sendo usado para a observação
de regiões no centro da Via Láctea nas quais a formação de estrelas é
mais ativa, e os mapeamentos realizados por ele inclusive serão
utilizados pelo telescópio espacial James Webb, cujo lançamento está
previsto para o ano que vem.
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